segunda-feira, 16 de junho de 2014

10 DE OUROS: Tesouros do Coração

Se a felicidade é um tesouro, como conservá-lo e dele usufruirmos de tal forma que ela permaneça inalterável em suas qualidades, preservada de tudo o mais que possa aviltar seus méritos e virtudes? E, sobretudo, que possamos "carregá-la" sempre próxima, para onde formos, em todos os momentos da nossa vida?

O artista recria, na imagem acima, a ideia da perfeita felicidade: o amor, o bem estar, o prazer físico e emocional, as relações bem construídas, as tradições preservadas, o contato com o mundo natural, tudo isso sobre uma bolsa, um porta moedas. Traduz, assim, a essência do naipe de Ouros, do elemento Terra: o mundo físico, real, concreto, o trabalho, o dinheiro, a saúde, os sentidos, o prazer e como todo esse conjunto se equilibra com os demais aspectos da existência (as emoções, a espiritualidade, o raciocínio) para nos permitir viver vidas plenas, equilibradas.
  
Harmonia, alegria, amor, contentamento nas relações familiares, sociais ou trabalhistas formam a essência do 10 DE OUROS. Ainda que ele se refira, primariamente, à felicidade em seus aspectos materiais, é a somatória, o resultado de todo um processo de desenvolvimento pessoal e coletivo, de conquistas materiais e o seu reflexo nas nossas emoções, em como progredimos espiritualmente através das ações desenvolvidas num mundo físico. 

Na imagem da lâmina do Tarot um grupo de pessoas, talvez uma família, reunidos num mesmo local, parecem desfrutar do conforto e abundância materiais. É um ciclo que se inicia na primeira carta do naipe de Ouros e se conclui na décima. É um projeto resolvido, terminado, com excelentes resultados, mas que nos suscita a seguinte pergunta: "E agora? Para onde seguir? O que mais há para realizar? Como preservar o que tenho, o que sou?"

Também no universo miniaturizado criado pelo artista percebe-se esse mesmo desejo de expressar um estado de harmonia emocional tão importante que se deseja eternizá-lo. Mas a vida não é somente uma festa, uma reunião de amigos, momentos de lazer merecidamente desfrutados com a família. Problemas, dificuldades, insatisfações, quem não as tem, em algumas etapas do caminho? Fazem parte do processo de aprendizagem de todo ser humano. Só sabemos o que é dor ou sofrimento porque conhecemos, e podemos comparar, com a sensação de bem estar e outros aspectos mais saudáveis e agradáveis do viver. Portanto, é natural querer preservar, pelo maior espaço de tempo possível, as condições de alegria e conforto que encontramos quando observamos e vivenciamos os pequenos milagres que a vida constantemente nos concede.

Olhando a imagem da pequena paisagem construída sobre uma bolsinha que pode ser carregada no bolso, podemos refletir em que talvez seja essa a melhor maneira de carregarmos nossas melhores lembranças, conquistas e sentimentos, nossos maiores tesouros: sempre conosco, em contato próximo com um coração agradecido.

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