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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A Chave: revelando oportunidades


Assumir que são nossas decisões pessoais que influenciam aquilo a que chamamos de "destino" é algo que muitas vezes procuramos, de todas as maneiras evitar. Responsabilidades, as temos muitas, por que então não transferir algumas delas a outrem? Por que fingimos não compreender o profundo significado daquele antigo e sábio ditado: "sempre colheremos aquilo que semearmos"?

Tantas são as pessoas que buscam nos oráculos e sortilégios a solução de seus problemas, acreditando que a simples consulta a eles resultará em respostas prontas, precisas e definitivas. Essas pessoas se recusam a ver que as cartas, os búzios, os mapas astrológicos, as runas, as folhas de chá, as borras de café, as varetas e moedas do iChing que consultam, por exemplo, são simples instrumentos utilizados para estimular uma reflexão mais profunda, que por sua vez auxiliará em escolhas mais apropriadas, em decisões mais coerentes. Nada de mágico existe naquelas laminas de papel estampado, nem em qualquer outro tipo de material de consulta oracular. Existe, isto sim, uma "mágica" (assim, entre aspas) e ela a se processa dentro de quem as consulta. 
O tarólogo é um estudioso dos símbolos e de suas combinações, mas não é a solução dos problemas de quem o busca. Ele é uma ponte, uma CHAVE que, se bem usada, pode ajudar a abrir as portas da percepção de quem o procura. Simples assim.

Temos que assumir, de forma consciente, que somos os únicos responsáveis pelas atitudes com que enfrentamos os desafios da vida e, consequentemente, pelos resultados provocados por todas as nossas ações. Possuímos o enorme privilégio em poder escolher o caminho a seguir usando o nosso livre arbítrio. Podemos nos abrir para possibilidades, nos libertar da prisão dos condicionamentos, nos isolar para melhor avaliarmos e liberar toda a nossa criatividade e alegria de viver, bastando saber apenas em que porta devemos, ou não, usar nossa Chave, ou seja, o nosso bom senso. 


A CHAVE é uma das 36 cartas que compõem o oráculo Lenormand, também chamado de Baralho Cigano. Símbolo de aberturas e fechamentos, representam os "códigos e senhas" que podemos ou devemos usar para termos acesso àquilo que desejamos. Ao mesmo tempo que pode significar um "insight", uma lembrança que temos, ao acaso, e que acaba sendo uma resposta ou solução a um problema, ela também pode significar um segredo, algo "guardado a 7 chaves", como se costuma dizer. Da mesma forma que ela significa libertação, pode significar aprisionamento: pode ser a revelação de algo secreto, ou manter algo em segredo, escondido.

Numa leitura cartomântica, a carta da CHAVE, dependendo da posição em que se encontra, pode estar significando que a solução para o problema, a resposta já existe dentro, ou então muito próximo, daquele que a está buscando. Revelando mistérios e segredos, permitindo que tenhamos acesso a conhecimentos, a CHAVE nos fornece a oportunidade de novos e mais significativos começos.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Querer é poder: O Mago


Habilidades todos temos. Talentos, também. Mas às vezes, por circunstâncias as mais diversas, temos uma grande dificuldade em "descobri-los" ou mesmo acreditar que os temos, que são características nossas e que podemos desenvolvê-los, se quisermos.
Viver bem, plenamente, é um ato de, se me permitem, malabarismo. Temos que saber dosar e equilibrar desejos, ambições, angústias, dores, vontades, medos, interesses, etc. Há, também, os limites físicos, aqueles mais visíveis a olho nu, com os quais temos que aprender a conviver ou então encontrar soluções para modificá-los. Tornar-se economicamente estável, ter um corpo bonito e saudável, morar bem, tudo isso demanda muito foco, trabalho e sacrifícios vários. Estudar, aprender, adquirir conhecimentos, evoluir na carreira ou numa área específica também é um processo lento, gradual, que demanda investimentos de toda ordem. A tão ansiada e proclamada evolução espiritual, então, consiste no trilhar de um caminho escolhido e nele perseverar, apesar das inúmeras e constantes tentações, das seríssimas crises de desânimo e descrença.
Estar vivo é estar exposto a condições nem sempre totalmente controláveis mas que podem ter seus piores efeitos amenizados a partir do momento em que vamos tomando consciência das nossas aptidões.

O MAGO é o símbolo da individualidade, da força criativa, da inteligência, da vontade, do desejo de dominar que todos possuímos. A própria postura do MAGO na ilustração das mais conhecidas cartas de tarot apela para esse fato estabelecendo a seguinte comparação: "Assim como Deus nos céus, o homem na terra". Seu braço erguido apontando para o alto enquanto o outro aponta para o chão é a imagem desse axioma. O ser humano é o ponto de união entre o Criador e o mundo natural, ou seja, aquilo que Ele criou.
Sobre a mesa, em frente ao MAGO, repousam símbolos do seu domínio: copo, punhal, moeda, , ou seja, os elementos Água (naipe de Copas = emoções), Ar (naipe de Espadas = razão), Terra (naipe de Ouros = matéria). Em sua mão, estendida para o infinito, uma varinha (mágica?), representando o Fogo (naipe de Paus = espírito). É no domínio desses 4 elementos que o MAGO produz suas "mágicas", ou seja, tudo aquilo que ele precisa saber e fazer para viver integralmente.
É a primeira carta numerada (nº 1) do tarot porque ele simboliza o Criador ( Aquele que vem antes de tudo) que existe em cada um de nós. Se Deus nos criou à sua imagem e semelhança, de acordo com o Gênesis, então podemos dizer que somos "miniaturas" dEle, seus legítimos representantes neste planeta.

Quando essa carta surge num jogo taromântico, entre as inúmeras possibilidades interpretativas podemos também dizer que necessitamos usar nossos recursos próprios, nativos, interiores para lidar com as situações no momento presente. É necessário que façamos uso das nossas habilidades naturais e as demais, desenvolvidas, para conduzirmos a situação, resolvermos o problema, conseguirmos os resultados que desejamos. Somos "mágicos", capazes de produzir efeitos surpreendentes no mundo exterior com a nossa capacidade, com nossas habilidades, com nossa voluntariosidade.

A carta do MAGO, quando numa posição positiva dentro da jogada oracular, ou mesmo como objeto de meditação, é a lembrança de que tudo aquilo que realmente almejamos, podemos conseguir. Tudo o que nos propomos a fazer, investindo nisso nossas melhores intenções, nossas habilidades, conhecimento e ação, pode ser conseguido. Ação é uma das palavras que definem esse Arcano. De nada adianta querermos algo se não nos movimentarmos objetivamente em direção à meta pretendida.

Se eu quiser fazer um bom curso, tenho de ter disciplina, estudar, pesquisar, obter conhecimentos de diversas fonte, submeter-me a horas de estudos e a provas de capacitação. Se eu quiser ser um bom motorista, além das aulas teóricas, do aprendizado de leis, normas e símbolos gráficos referentes ao trânsito e tráfego de veículos, tenho que praticar muito, dentro de um carro, na vida real. Se eu quiser ter um corpo saudável e bem proporcionado, não será preguiçosamente sentado, comendo sanduíches e ingerindo refrigerantes que eu irei consegui-lo, mas na constância da prática do exercício físico e numa dieta alimentar balanceada (sempre supervisionadas por um profissional da área e seu médico). Se eu quiser fazer a tão sonhada viagem de férias para aquela praia paradisíaca, devo, desde já, ir economizando, estudando roteiros, consultando tarifas, fazendo reservas, programando tudo o que se fizer necessário para suprir a minha ausência durante o período que estarei ausente. Se eu quiser que meu relacionamento seja pleno, tenho que aprender a lidar com as minhas emoções, a desenvolver meu conceito de companheirismo, de cumplicidade, a melhor controlar minha impaciência, meu mau-humor, a aprender a balancear os defeitos e as qualidades do outro, a perseverar no meu intento face às muitas possibilidades de desistência.

A frase que definiria o MAGO, Arcano nº1 do tarot é "Querer é Poder". Portanto, o grande truque de mágica que essa carta nos ensina é que cada um de nós é o autor, o criador da vida que leva. Capacidade, recursos interiores e oportunidades todos tem, mas assumir esses potenciais e ter vontade de utilizá-los, bem... isso é uma questão de livre arbítrio.