Não é a primeira
e nem será a última vez que vejo alguém jogando capoeira e termino por associar
esse jogo-dança-luta ao 2 DE OUROS, uma das cartas dos Arcanos Menores do tarot
e que simboliza, sobretudo, a
flexibilidade na maneira de pensar e agir.
Ter “jogo de
cintura”, aquela capacidade para driblar algumas situações, é qualidade que nem
todos têm. É a capacidade criativa de adequar-se às condições, situações e ao meio ambiente, de evoluir através dos obstáculos que a
vida apresenta, sempre disposto a buscar novas soluções para problemas, sempre inventando
ou recorrendo a alternativas que permitam seguir mais além. Quantas vezes na vida nos deparamos com
fatos, eventos, problemas que parecem desafiar o nosso próprio equilíbrio e, aparentemente do
nada, damos um “jeitinho” e resolvemos a questão?
Essa carta, quando
aparece numa jogada de tarot, pode estar simbolizando a necessidade de lidarmos
com os problemas de maneira alegre e descontraída; inventar algo; usar uma
alternativa diferente; lidar com dois ou mais assuntos ao mesmo tempo. Pode
ajudar-nos a refletir sobre a necessidade de nos adaptarmos mais facilmente à
novas situações, a entender melhor as perspectivas de acordos e sociedades.
Saber lidar com os dois lados das questões, mantendo o bom humo e o foco. Pode,
também, ajudar a nos recordar que podemos conduzir nossa busca espiritual sem
necessariamente abandonarmos os aspectos materiais da existência. O 2 DE OUROS
nos lembra que podemos aprender e ensinar ao mesmo tempo, aproveitando todas as
situações, desde que estejamos em harmonia com o ambiente que nos cerca.
Quando o 2 DE
OUROS aparece pode ser um bom momento para nos questionarmos se somos o suficientemente pacientes
e criativos para lidarmos com diversas situações, opiniões e ofícios ao mesmo
tempo. Se estamos preparados para contornar egos, problemas, dificuldades sem
nos deixarmos esmorecer. Se conseguimos manter o fluxo de energia ativo
independente dos obstáculos ou oponentes que possam surgir.
Ou seja, por
quanto tempo conseguimos manter nossa presença, de forma ativa e assertiva, sem
deixar a “peteca cair”?
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