domingo, 23 de março de 2014
Responsabilidade: o atributo do IMPERADOR
Tirei uma carta do tarot, nesta manhã de domingo, pensando em qual seria o seu conselho para melhor vivenciarmos a semana que se inicia, a última deste mes de março. A carta escolhida aleatoriamente foi o Arcano IV, O IMPERADOR.
Essa figura representa, arquetipicamente, o administrador que existe (ou deveria existir) em todos nós. É o governante, o gerente, o pai, o patrão, o chefe, o diretor, o supervisor, o general, o provedor, o monarca, o responsável, enfim, por si e pelos seus. Representa o nosso aspecto organizador e controlador. É a maneira que nos portamos na condução dos nossos negócios, nossos relacionamentos, nossos interesses, nossa vida. É nosso sentido de segurança pessoal, da nossa autoestima, de sabermos que podemos fazer o melhor e que temos condições próprias de gerir aquilo que primeiro pensamos, depois plantamos, finalmente colhemos e agora devemos dar-lhe um sentido de utilidade, de organização, uma finalidade que nos agrade e que beneficie aos demais por quem somos responsáveis. Se nas últimas semanas investimos tempo, trabalho, amor, dinheiro, dedicação na realização de algo, agora é a hora de começar a colher e cuidar dos frutos colhidos.
Começa hoje mais um período em que testaremos (e seremos testados), durante os próximos 7 dias, na nossa capacidade administrativa. Como vamos conduzir aquilo que temos e o que somos vai depender exclusivamente de quanto estamos preparados para esse papel: o de IMPERADOR de nós mesmos. Mas cabe aqui um alerta: sejamos cuidadosos para que não nos tornemos verdadeiros déspotas para com os outros, ou escravos de nós mesmos pelo simples uso errôneo do poder que esse Arcano representa.
A cada no dia, a cada nova semana nutrimos novos sonhos, esperanças, interesses, investimentos e responsabilidades que estão sempre intimamente associadas à realização das nossas expectativas. O IMPERADOR é uma nítida lembrança disso: responsabilidade. Ser responsável não significa "engessar-se" numa determinada posição ou idéia, assumir uma postura arcaica de um tradicionalismo caduco, ou sentarmos sobre os louros das nossas vitórias anteriores, ou mesmo não nos arriscarmos. É, na verdade, assumirmos que somos responsáveis pelos nossos atos e que todas as nossas ações na execução dos mesmos irão refletir essa nossa atitude.
Então, amigos, é hora de arregaçarmos as mangas e assumirmos total responsabilidade por aquilo que somos e pelo que temos, cuidando para que possamos trilhar harmoniosamente nossa vida, colaborando para que os demais possam se beneficiar das nossas atitudes e realizações. Esse é o compromisso de um pai responsável, de um administrador competente, de um gerente capaz, nunca importando o tamanho dos seus domínios.
Boa semana e muito sucesso a todos!
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sábado, 22 de março de 2014
O PAPA: o Arcano V e o Rei.
“O discurso do Rei” é um filme que conta a história do Rei George VI, da Inglaterra, pai da atual Rainha Elizabeth II, em sua ascensão inesperada ao trono e o fonoaudiólogo que ajudou ao inseguro monarca readquirir sua autoconfiança.
George VI era o que chamamos de gago. "
Disfonia" é a expressão correta para definir a gagueira e outras
alterações ou disfunções da voz. Imaginem, agora, um Rei, soberano de um
Império tão vasto e espalhado pelos quatro cantos do mundo, tendo que
falar em público, sendo constantemente observado pelo povo e pela mídia,
fazer discursos, falar ao rádio (que na época era o mais popular meio
de comunicação) e não o conseguir devido às suas dificuldades oratórias.
Difícil, não é mesmo?
O personagem que é o grande propulsor dos acontecimentos dessa narrativa cinematográfica chama-se Lionel Logue, um ator australiano morando na Londres da metade do século passado e que é, meio por acaso e também pelo fato de ser um professor de oratória, requisitado para tratar da disfunção do futuro Rei.
Lionel Logue é o protótipo do PAPA, o Arcano V das cartas
do tarot. Seus métodos nada convencionais, sua personalidade ebuliente, confiante de seu conhecimento técnico e capacidade comprovados através dos resultados obtidos, fazem
desse “professor de voz” o guia, o mestre, o terapeuta que o futuro Rei
necessitava para poder superar suas maiores dificuldades.
Desde a situação inesperada, até mesmo
de sorte, em que ele é encontrado e contratado, até o clímax do filme, o
objetivo desse homem é levar o Rei a encontrar as raízes de suas
dificuldades pessoais e compreender que sua gagueira é apenas uma
maneira do corpo exteriorizar a forma tímida, incompleta, submissa e
reticente de seu verdadeiro Eu. Uma reconciliação consigo mesmo e com os
outros é a base do trabalho do terapeuta.
Lionel
Logue é uma das muitas “embalagens” onde podemos reconhecer o Arcano V: autoridade, sabedoria, conhecimento e orientação, seja nos aspectos mais materiais
da existência, ou na nossa conexão com o Divino, é o que o PAPA nos oferece. Nele encontramos o mentor, o professor, o guru, aquele que,
ao nos ensinar ou orientar, ajuda-nos a nos reconectar com os aspectos
mais espirituais ou sagrados da existência.
Observamos na maneira que o
professor/terapeuta conduz seu “tratamento” ao induzir o monarca a
lembrar-se, buscar nos seus primeiros anos de vida, no seu
relacionamento com os pais e o irmão, os motivos que possam ter
provocado sua dificuldade de fala, algo comum nos atuais consultórios dos psicanalistas. Associados a esse método, estão exercícios
mecânicos de respiração, de fortalecimento muscular, relaxamento, etc. E
podemos então ver aí muito claramente como, normalmente, esse Arcano
se manifesta, quase sempre privilegiando a meditação, a reflexão, os
aspectos éticos, morais ou filosóficos e, também, privilegiando os
rituais.
Mais importante que a cura da gagueira
era o Rei fazer as pazes com a tirania paterna, a frieza materna e a
competitividade com seu irmão. Para tanto Lionel Logue age como um
verdadeiro guia, oferecendo assistência, desconstruindo estruturas
mentais rigidamente estabelecidas e levando o Rei a encontrar um
verdadeiro sentido em sua vida. Com seus métodos não conformistas, ele
abala no jovem monarca as estruturas que o controlam, que o enrijecessem e que o impedem de
evoluir, a abraçar o seu verdadeiro destino.
Como todas as cartas do tarot, o PAPA (também chamado de Sumo Sacerdote, Alto Sacerdote, Hierofante) tem e pode apresentar-se através de
seu aspecto “sombra”: moralista ao extremo, um verdadeiro intransigente
aiatolá quando se trata de preceitos religiosos, completamente dominado
por idéias e princípios ultrapassados, alguém que se norteia, e aos
outros, através da insípida rigidez de dogmas nunca questionados.
Num aspecto mais subjetivo, o que
faltava ao Rei George VI era encontrar-se com seus próprios fantasmas,
encará-los, aceitá-los e, assim reconciliar-se com seu Guia Interior.
Seu professor de locução é um veículo que lhe desvenda possibilidades de
superar-se como homem e às quais, ele mesmo bastante titubeante e
argumentativo, acaba por agarrar-se como à uma bóia em meio ao oceano.
Em resumo, seja na figura de um
fonoaudiólogo, de um mestre de lutas marciais, de um personal trainer, de um guia espiritual, de
um terapeuta, um especialista em qualquer área ou de um eminente e dedicado educador, a carta do PAPA numa tiragem de tarot é
sempre uma sugestão para que o LOUCO (Arcano 0) busque uma orientação especializada, confiável e necessária para a situação que o incomoda. Uma das mensagens do Arcano V é a de que não devemos ser teimosos ( o que é diferente
de persistentes) e confiarmos que o Universo nos guiará na direção mais
adequada ao momento de vida em que nos encontramos.
FONTE: Este texto foi anteriormente publicado (com pequenas alterações) em HIEROPHANT MAGAZINE
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sexta-feira, 21 de março de 2014
OS AMANTES: o Arcano VI e a questão das opções
A ideia arquetípica do Amor, daquele amor que encontramos
nos folhetins, nas novelas mais bregas, nos cartões do Dia dos Namorados,
aquele amor com Cupido pairando numa nuvem pronto para disparar suas setas e
inflamar corações apaixonados. Essas imagens todas também fazem parte dessa
carta que, entre tantas e tantas possibilidades, nos fala das escolhas que
fazemos.
Escolher o/a parceiro/a ideal é tarefa árdua. Envolve, além
de todo o mais, compartilhar com um outro alguém a vida com tudo o que ela tem
a oferecer de positivo ou não. É um chegar à conclusão de que aquela pessoa é
com quem queremos estar juntos na intimidade, momento em que normalmente
baixamos guarda, nos despimos das nossas máscaras sociais, e nos revelamos por
inteiro.
Por mais que nestes tempos que correm os compromissos entre
casais de amantes possam abdicar de cerimônias e ritos religiosos, de
documentação expedida em cartórios, de arautos a comunicar à sociedade a
formação de mais um novo casal, apesar de tudo é uma escolha significativa e
que, como todas as demais, implica em consequências, inclusive legais.
Portanto, escolher a pessoa com quem queremos compartir nossa vida, é um ato
que ultrapassa o simplesmente emocional e envolve, também, algumas reflexões,
algumas considerações.
Na carta do Arcano VI, OS AMANTES, normalmente vemos ilustrada
a figura de um jovem entre 2 mulheres (uma mais velha que a outra) com Cupido
(ou um Anjo) a observar a cena, pronto para disparar sua flecha. É um momento
de decisão, de escolha. É quando temos que optar por abandonar a liberdade ou a
solidão que o estar solteiro proporciona, com todos os seus benefícios e
mazelas, e escolher uma nova direção, uma nova experiência, para nossa vida.
Mas esses casamentos, essas uniões, não acontecem apenas no
plano sentimental, da constituição de uma família, mas também no trabalho, nas
sociedades que estabelecemos, nos grupos e partidos aos quais nos filiamos, nos
compromissos que assumimos. Em todos esses poucos exemplos há escolhas, há
momentos em que temos que optar por algo e isso significa abandonar outra
possibilidade. É essa responsabilidade em ter que decidir sozinho/a entre o que
realmente se deseja e o que é melhor para nós, entre o que é bom e o que é mau,
entre o que é útil e o que é dispensável, entre as vantagens que possivelmente
teremos e o abrir mão de outras tantas, é o que nos provoca angústia. Não temos
mais quem tome essas decisões em nosso lugar. Não temos mais pais e mães
decidindo a roupa que vamos usar, o clube que iremos frequentar, as festas às
quais iremos, onde passaremos as férias, a escola em que estudaremos. Agora é
por nossa conta.
Mas, e a grande maioria das ilustrações d’OS AMANTES não
deixa dúvidas, há algo maior, acima da razão e da emoção do momento, a nos
orientar nessa escolha. O símbolo disso é o Anjo, ou o Cupido, personagens,
neste caso, que representam a presença da Espiritualidade, a intervenção de uma
consciência mais elevada nesse nosso momento de decisão. Alguns chamam a isso
de Anjo da Guarda, outros, de pura intuição. Não importa o nome que se dê, mas
é reconfortante saber que não estamos absolutamente sós nesses momentos e que
nossas escolhas também recebem o suporte de o quanto o nosso aspecto espiritual
está em harmonia com o físico, o intelectual e o emocional.
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quinta-feira, 20 de março de 2014
A Lua: mistério e ilusão no Arcano XVIII
Há dias em que a gente se sente mais cansado que o normal, desanimado,
desabastecido daquela energia vital que nos move, nos faz ir atrás do
cumprimento dos nossos compromissos, da solução dos problemas que
inevitavelmente aparecem e da realização dos nossos desejos. É um estado de
abatimento que fica entre o torpor e uma certa depressão.
Procuramos a causa, o porque desse estado de alma e muitas
vezes não chegamos a nenhuma conclusão, ou pelo menos a uma que satisfaça a
nossa lógica. Se formos buscar alguma resposta no tarot é muito provável que
ele nos apresentaria o arcano XVIII, A LUA.
Pois é isso mesmo: A LUA, que também é um dos símbolos do
romance, não tem luz própria necessitando do brilho de uma estrela como o Sol
para ser vista. A LUA é um reflexo, não existindo se não houver o objeto que a
ilumine, a torne visível. Sendo uma “reprodução”, uma imagem, não possui as
mesmas característica de força, de brilho, autonomia, calor, luz, energia que o
Sol possui. Pode-se dizer, no tarot, que A LUA é Yin, enquanto o Sol é Yang. A
LUA é feminina e o Sol masculino. A LUA é receptiva, o Sol é doador.
Se o astro-rei, ao surgir numa leitura de tarot, representa
na maioria das vezes o sucesso, a realização, o bom desempenho dos nossos
esforços, a materialização dos nossos desejos, a claridade e a verdade, A LUA,
por sua vez, pode significar os estados de recolhimento, a necessidade de
isolamento, os estados mais alterados das atividades mentais, os sonhos,
delírios, fantasias, pesadelos, os traumas e os medos.
O subconsciente, aquele conhecimento do qual não temos exata
consciência quando estamos acordados, raciocinando de maneira lógica, afloram
quando encerramos nossas atividades físicas e vamos dormir, na forma de imagens
oníricas as quais muitas vezes não nos recordamos ao despertar. É como se a
força da LUA influenciasse não apenas o movimento das marés nos oceanos e
mares, mas também um fluxo de saberes que todos possuímos e compartilhamos,
codificados em imagens e situações surreais e que irão compor nossos sonhos.
Por não ter luz própria e, portanto, não iluminar o
suficiente, passa também a ser o símbolo das mentiras, das ilusões, das
fantasias de todos os tipos que nos permitimos criar e viver. Está, por isso,
diretamente associada aos processos criativos, às inspirações, aos insights,
vividos por artistas de todas as áreas. Por passar por mudanças (crescente,
cheia, minguante e nova), pode associar-se às transformações vividas pelas
mulheres nos ciclos menstruais e mesmo durante a gravidez. Muito
simbolicamente, representa as 3 fases do desenvolvimento do feminino: a Menina,
a Mulher, a Velha Sábia. Muito do que é cíclico, daquilo que obedece um padrão
repetitivo, de alternância, pode ser associado à LUA que repete
interminavelmente o seu ciclo, dentro de uma mesma periodicidade.
Associada aos poetas, aos compositores, aos amantes, A LUA
representa a nossa necessidade de mergulharmos em nós mesmos para encontrarmos
a voz da nossa Alma, muitas vezes sufocada pelo nosso cotidiano eminentemente
solar. Nos apaixonamos loucamente, perdemos a inibição de declararmos nossos
mais íntimos sentimentos, nos permitimos acreditar em fantasias e ilusões que,
bem no fundo, sabemos serem só isso mesmo, sem a menor possibilidade de
concretização, dizemos inverdades que não manteremos e nem reconheceremos à luz
do dia, nos metamorfoseamos em personagens que vivem escondidos da luz solar,
tudo sob a influência da LUA.
Quando esta carta aparecer numa tiragem de tarot, lembre-se
que ela pode estar-lhe chamando a atenção para algum fato, situação, pessoa,
estado de espírito que não é totalmente confiável, real, racional. É muito
comum, nesses casos, que aquela nossa sonolência, apatia, insatisfação, langor
estejam associadas à vivência das energias absorvidas pela LUA. Não se
desespere, pois, tal como a própria, isso é uma fase, um ciclo com início, meio
e fim. Vai passar.
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sexta-feira, 14 de março de 2014
O Mundo à sua frente: Arcano XXI
"Melhor do que está não pode ficar!"
Essa frase, dita em tom de exclamação, é típica de quem está vivendo a energia simbolizada pela carta nº 21 do tarot, o MUNDO.
Sabemos que 22 são os Arcanos Maiores do tarot e que apenas 21 deles são numerados, deixando o LOUCO como uma carta avulsa, um coringa que pode aparecer em qualquer lugar ou posição de uma sequência. Mas o MUNDO é, numericamente, a carta que encerra o caminhar do LOUCO em seu processo de iniciação. Essa é a carta que diz que a missão está cumprida, o projeto chegou ao resultado final esperado, que aprendemos o que tínhamos que aprender, que passamos por todas as provas e estamos, finalmente, preparados para usufruir do que conseguimos.
A sensação que sentimos quando completamos um trabalho é a de alegria e alívio. É um "estado de graça" pois sabemos que superamos obstáculos, adquirimos maior experiência, vivenciamos diferentes emoções e estados de espírito durante o processo. E isso se aplica em toda e qualquer atividade em que estivermos envolvidos, desde limpar a casa, aprender uma língua estrangeira, aposentar-se num determinado serviço após longos anos de trabalho, estudar e fazer o "dever de casa", em desenhar e confeccionar uma roupa e vê-la vestida na pessoa que a encomendou, em aprender a cozinhar, etc
Qualquer processo, qualquer projeto em que nos envolvemos e no qual começamos "de baixo", como aprendizes, como neófitos e, aos poucos, vamos evoluindo até o dominarmos completamente, pode ser usado como exemplo da sequência das 22 cartas do tarot, sendo que a carta do MUNDO representa a compleição dessa tarefa.
O mundo representa, também, nascimento. Vou dar um exemplo bastante simples e óbvio: começamos a frequentar a escola e estudar ainda bastante cedo e vamos encerrar esse processo quando nos formamos num curso universitário (claro que podemos continuar estudando e nos aperfeiçoando pelo resto das nossas vidas!) quando obtemos um diploma que nos qualifica para o mercado de trabalho. O momento da graduação, do recebimento do diploma, a festa de formatura são os mais representativos (no caso deste exemplo) do Arcano XXI, o MUNDO pois não gozamos mais da condição de estudantes (o fim de uma etapa: a MORTE) e nos tornamos profissionais, aptos a frequentar um outro ambiente muito mais amplo que a escola, que a universidade: o mundo. É um momento de euforia, de imensa alegria, de justa celebração pois afinal passamos por todas as provas iniciáticas desse processo e o concluímos. Temos no diploma recebido uma radiografia de toda uma evolução no campo do saber: desde o aprendizado das primeiras letras até o término dos estudos universitários: início, meio e fim. Objetivo alcançado.
No dia seguinte à formatura, em nosso primeiro instante como profissionais voltamos à condição de LOUCO, de neófito, de aprendiz, de candidato. Voltamos ao ZERO. A estrada, longa e ampla se mostra à nossa frente e, uma vez mais, iremos começar a trilhá-la, evoluindo a cada passo, até que, como profissionais (o caso do nosso exemplo), encerramos nossas atividades, nos aposentamos, abandonamos a carreira, etc.
O MUNDO é como um parto, o momento que somos expelidos do conforto da vida intrauterina e apresentados a um novo ambiente, com outras pessoas, sons, aromas, cores, com outras obrigações, com novas formas de sobrevivência, com maior liberdade de locomoção. Estamos livres para começar, livres e preparados para ser quem realmente somos, usarmos das habilidades e talentos natos, cumprir aquilo que chamamos de destino.
Numa leitura taromântica, o surgimento dessa carta pode, entre muitas outras possibilidades, simbolizar gravidez, nascimento, viagem especialmente as aéreas e para lugares distantes, mudanças (de país, de cidade, de casa, de escola, de trabalho, etc), visitar ou ser visitado por pessoa estrangeira, aprender um idioma novo; no comércio pode significar o início de importações e exportações, comércio internacional, uma loja multimarcas, um free-shop ou até mesmo um supermercado; simboliza, algumas vezes, uma disposição para novos relacionamentos, novos envolvimentos emocionais, liberdade sexual; pode, em conjunto com outras cartas, representar uma disposição para as artes, em especial a dança; pode também chamar a atenção para comunicações amplas, contatos sociais que não se limitam a uma região (internet, Facebook e demais mídias sociais e jornalísticas); o reconhecimento internacional, uma premiação (Nobel, Oscar, por exemplo), a fama que desconhece fronteiras.
Vivenciar as energias simbolizadas por este Arcano é, sobretudo, sentir-se livre e realizado, autêntico, conhecedor e confiante em si mesmo, em harmonia com todos os planos (físico, mental, emocional e espiritual) da existência, exultante por ter alcançado os objetivos propostos para aquela etapa da vida.
Essa frase, dita em tom de exclamação, é típica de quem está vivendo a energia simbolizada pela carta nº 21 do tarot, o MUNDO.
Sabemos que 22 são os Arcanos Maiores do tarot e que apenas 21 deles são numerados, deixando o LOUCO como uma carta avulsa, um coringa que pode aparecer em qualquer lugar ou posição de uma sequência. Mas o MUNDO é, numericamente, a carta que encerra o caminhar do LOUCO em seu processo de iniciação. Essa é a carta que diz que a missão está cumprida, o projeto chegou ao resultado final esperado, que aprendemos o que tínhamos que aprender, que passamos por todas as provas e estamos, finalmente, preparados para usufruir do que conseguimos.
A sensação que sentimos quando completamos um trabalho é a de alegria e alívio. É um "estado de graça" pois sabemos que superamos obstáculos, adquirimos maior experiência, vivenciamos diferentes emoções e estados de espírito durante o processo. E isso se aplica em toda e qualquer atividade em que estivermos envolvidos, desde limpar a casa, aprender uma língua estrangeira, aposentar-se num determinado serviço após longos anos de trabalho, estudar e fazer o "dever de casa", em desenhar e confeccionar uma roupa e vê-la vestida na pessoa que a encomendou, em aprender a cozinhar, etc
Qualquer processo, qualquer projeto em que nos envolvemos e no qual começamos "de baixo", como aprendizes, como neófitos e, aos poucos, vamos evoluindo até o dominarmos completamente, pode ser usado como exemplo da sequência das 22 cartas do tarot, sendo que a carta do MUNDO representa a compleição dessa tarefa.
O mundo representa, também, nascimento. Vou dar um exemplo bastante simples e óbvio: começamos a frequentar a escola e estudar ainda bastante cedo e vamos encerrar esse processo quando nos formamos num curso universitário (claro que podemos continuar estudando e nos aperfeiçoando pelo resto das nossas vidas!) quando obtemos um diploma que nos qualifica para o mercado de trabalho. O momento da graduação, do recebimento do diploma, a festa de formatura são os mais representativos (no caso deste exemplo) do Arcano XXI, o MUNDO pois não gozamos mais da condição de estudantes (o fim de uma etapa: a MORTE) e nos tornamos profissionais, aptos a frequentar um outro ambiente muito mais amplo que a escola, que a universidade: o mundo. É um momento de euforia, de imensa alegria, de justa celebração pois afinal passamos por todas as provas iniciáticas desse processo e o concluímos. Temos no diploma recebido uma radiografia de toda uma evolução no campo do saber: desde o aprendizado das primeiras letras até o término dos estudos universitários: início, meio e fim. Objetivo alcançado.
No dia seguinte à formatura, em nosso primeiro instante como profissionais voltamos à condição de LOUCO, de neófito, de aprendiz, de candidato. Voltamos ao ZERO. A estrada, longa e ampla se mostra à nossa frente e, uma vez mais, iremos começar a trilhá-la, evoluindo a cada passo, até que, como profissionais (o caso do nosso exemplo), encerramos nossas atividades, nos aposentamos, abandonamos a carreira, etc.
O MUNDO é como um parto, o momento que somos expelidos do conforto da vida intrauterina e apresentados a um novo ambiente, com outras pessoas, sons, aromas, cores, com outras obrigações, com novas formas de sobrevivência, com maior liberdade de locomoção. Estamos livres para começar, livres e preparados para ser quem realmente somos, usarmos das habilidades e talentos natos, cumprir aquilo que chamamos de destino.
Numa leitura taromântica, o surgimento dessa carta pode, entre muitas outras possibilidades, simbolizar gravidez, nascimento, viagem especialmente as aéreas e para lugares distantes, mudanças (de país, de cidade, de casa, de escola, de trabalho, etc), visitar ou ser visitado por pessoa estrangeira, aprender um idioma novo; no comércio pode significar o início de importações e exportações, comércio internacional, uma loja multimarcas, um free-shop ou até mesmo um supermercado; simboliza, algumas vezes, uma disposição para novos relacionamentos, novos envolvimentos emocionais, liberdade sexual; pode, em conjunto com outras cartas, representar uma disposição para as artes, em especial a dança; pode também chamar a atenção para comunicações amplas, contatos sociais que não se limitam a uma região (internet, Facebook e demais mídias sociais e jornalísticas); o reconhecimento internacional, uma premiação (Nobel, Oscar, por exemplo), a fama que desconhece fronteiras.
Vivenciar as energias simbolizadas por este Arcano é, sobretudo, sentir-se livre e realizado, autêntico, conhecedor e confiante em si mesmo, em harmonia com todos os planos (físico, mental, emocional e espiritual) da existência, exultante por ter alcançado os objetivos propostos para aquela etapa da vida.
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terça-feira, 11 de março de 2014
Caminhos: destino ou escolha
Parte das pessoas que conheço exercem pelo menos 2 atividades distintas. Muitas vezes, é por uma questão econômica, de sobrevivência. Em alguns casos, por exclusiva realização pessoal e profissional. Uma das moças que, por 8 horas diárias, serve café na padaria, contou que, também à noite, trabalha na lanchonete da cunhada por mais 4 horas. Tenho amigos que trabalham com balconistas, professores, comerciários e que reservam as noites e os finais de semana para apresentações com seus grupos musicais. Eu mesmo já passei por isso em diversas ocasiões: dava aulas durante o dia e fazia faculdade à noite; em seguida fui trabalhar como estagiário num escritório de arquitetura e, nos finais de semana, trabalhava para uma ONG.
Os CAMINHOS é uma carta do oráculo chamado Lenormand (que algumas pessoas chamam de "baralho cigano") e que nos remete imediatamente à ideia de livre arbítrio. Sempre temos escolha, inclusive, quando decidimos não escolher. O Gênesis narra talvez a mais dramática de todas as escolhas: criados dentro dos limites do chamado Jardim do Éden (ou Paraíso), Adão e Eva abandonaram uma vida feita unicamente de benefícios (eternidade, ausência de dor, sofrimento, etc) em favor de algo que hoje chamamos de "liberdade de pensamento". Sim, de pensamento pois ao serem proibidos de provarem do "fruto da Árvore do Conhecimento" estavam sendo proibidos de adquirirem conhecimento, ou seja, o substrato que nos permite entender, compreender, que nos dá elementos para elaborarmos raciocínios mais complexos, elaborar planos, estratégias, ações, estabelecer metas, calcular resultados, etc. Em nome dessa liberdade de formarem suas próprias opiniões, tirarem suas conclusões, decidirem o que é mais conveniente (ou importante, ou interessante, etc), optaram por romperem com os limites impostos (o do Conhecimento e o do Jardim) e vivenciarem as consequências.
Sim, porque "consequência" é a palavra e a ideia inteiramente associada ao livre arbítrio. Toda forma de liberdade carrega consigo uma enorme dose de responsabilidade. Cada decisão que fazemos no dia a dia traz consigo um comprometimento nosso. Se decido enfrentar uma longa fila no banco antes de ir postar uma carta no Correio, estou me responsabilizando pela possibilidade de me atrasar e acabar não conseguindo enviar a tal carta e todas as consequências decorrentes desse não-envio.
Na vida fazemos opções o tempo todo, mas nem sempre e não necessariamente elas implicam em se
abandonar algo em favor de outra coisa. Os CAMINHOS, também, não são indicativos de coisas ou situações opostas ou antagônicas. Muitas vezes seguem lado a lado, como numa larga rodovia, permitindo escolher em qual das pistas queremos seguir. Para bem os trilharmos necessitamos vê-los claramente e ter algum jogo de cintura e diplomacia. Mudamos de pista à nossa vontade, mas estamos sempre indo numa mesma direção. Quando optar se fizer absolutamente necessário, estaremos mais capazes, mais preparados e conscientes do que realmente queremos ou necessitamos.
Qualquer que seja a escolha (um parceiro, uma profissão, um sócio, uma viagem, um carro, ter ou não filhos, ir a este ou aquele restaurante, etc) sempre haverá algo deixado de lado, algo que acabou não sendo escolhido. Viver se lamentando por aquilo que deixamos de fazer, de adquirir, de escolher, de privilegiar é tolice pois não podemos voltar atrás e modificar o que foi feito. Mas, lembre-se: sempre podemos corrigir e melhorar aquilo que escolhemos.
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sábado, 8 de março de 2014
A Imperatriz: todas as mulheres do mundo
..."És feita de todo ouro,
de toda prata és feita,feita de todo o trigo
e de toda a terra feita,
és feita de toda a água
das marítimas ondas,
feita para meus braços,
feita para meus beijos,
feita para minha alma."”
e de toda a terra feita,
és feita de toda a água
das marítimas ondas,
feita para meus braços,
feita para meus beijos,
feita para minha alma."”
Pablo Neruda
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